domingo, 15 de novembro de 2009

DEVOÇÃO CONSCIENTE - Soraya Molina






GAYATRI MANTRA

OM
BHUR BHUVAH SVAH
TAT SAVITUR VARENYAM
BHARGO DEVASYA DHEEMAH
DHIYO YO NAHA PRACHODAYAT

Vamos a uma tradução aproximada:

OM: de forma simplista podemos dizer que ele é o som primordial, a
fonte de toda a criação. Um dos outros nomes pelo qual é conhecido é
PRANAVA ou "substrato da vida, princípio vital".
O OM é a base de onde toda a criação tem existência. Ele é o
substrato de todo o Conhecimento, é o "pano de fundo" onde o potencial criativo se manifesta.
Não podemos aprofundar o assunto aqui, mas o OM é produto da Shakti,
ou Poder Criativo da Consciência [Brahman].
Somente a explicação desse mantra daria um livro, mas para o nosso
estudo a definição acima basta.

BHUR BHUVAH SVAH: são 3 das 7 Vyahritis (lit. "palavras, dizeres")
percebidas pelo sábio Vishwamitra. Representam 3 dos 7 planos de
manifestação da Consciência.

As vyahritis mais o OM são usadas como uma introdução ao mantra.

BHUR é tradicionalmente associada ao plano físico. Esotericamente é
a "espiritosfera" (neologia usada para descrever a amplitude
da "atmosfera espiritual" pertinente ao planeta, corpo celeste ou
parte/ambiente sideral) do planeta Terra.

BHUVAH é lit. "atmosfera". Esotericamente é a espiritosfera
imediatamente superior à nossa. Segundo a tradição seria o espaço
entre o Sol e a Terra e entre a Terra e os outros planetas. Para o
pensamento hindu, todos os planetas são habitados e ao mesmo tempo
são consciências distintas, sendo Júpiter o mais avançado
(espiritualmente) de todos (em nosso sistema solar).
Lê-se "buvarrá". Em alguns casos, onde o `h' final não é
pronunciado, é "buvá".

SVAH: é o Paraíso, o plano mais alto em nosso sistema. Esotericamente é associado ao Sol, que segundo os sábios é o "limite da onisciência" (Ishwara) de nosso sistema. É ele o portador de todos os referenciais de conhecimento que possuímos. Para um aprofundamento recomendo ler com atenção o Yoga Sutras de Patanjali. Infelizmente não poderemos aprofundar esse tema aqui, pois ele é extenso e tem correlação com a manifestação consciencial desde Brahman até o mundo físico.Lê-se "suvarrá". Em alguns casos pode ser lido como "isvárra".

As vyahrits são interpretadas de várias maneiras, dependendo do ponto de vista filosófico.

Elas também podem ser interpretadas da seguinte maneira:
Bhur: Rig Veda
Bhuva: Sama Veda
Svah: Yajur Veda

Ou ainda como sendo relacionados aos cinco pranas que fluem no corpo
humano:
Bhur: Prana (região peitoral)
Bhuva: Apana (região sacra)
Svah: Vyana (permeando o corpo todo)

Essa abordagem é bem fundamentada nas disciplinas Tântricas do Hatha-Yoga e do Kriya Yoga.
É outra abordagem que requer uma explicação mais detalhada, mas infelizmente não é possível nesse momento, visto que todo o
conhecimento de bioenergia fundamentada no Kundalini Yoga, Laya Yoga,
enfim, no Tantra teria que ser explicado.

As outras 4 Vyahrits são: Mahaha, Janah, Tapah, Satyam.

TAT: Lit. Aquele, aquela (aqui refere-se à Savitri). Lê-se "Tat" (com
t mudo).

SAVITUR: De Savitri, o esplendor do Sol, o brilho solar, os raios
solares, a força solar. Em muitos casos Savitri é associado ao deus
do Sol (Surya). Ela seria a shakti (poder) de Surya.
De forma esotérica representa o Criador, Sustentador, o todo
penetrante.

VARENYAM: Desejável, excelente, o melhor entre

BHARGO: efulgência, esplendor, luminosidade (que destrói os pecados), brilho, glória.

DEVASYA: Divino, relativo à divindade. Lê-se "devássia".

DHEEMAH: Meditar sobre; relativo à meditação. Lê-se "dimarri".

DHIYO: pensamentos elevados ou nobres, intuição profunda, iluminar
(revelar a Realidade Última). Lê-se com o i duplo, "diio".

YO: o que, o qual.

NAH: nosso, de nós, unir, junto, nó. Lê-se "narrá", com o "á" curto, como em água.

PRACHODAYAT: de prach (pedir, demandar) + codate[chodayate] (animar,
inspirar, colocar em movimento), portanto a tradução seria algo como
possa inspirar, possa animar. Lê-se "prachodaiáte" .

Uma tradução aproximada do mantra seria "Eu Saúdo aquele Ser, possuidor da efulgência divina e que é a causa e sustentação de todos os planos da existência.Que minha mente esteja sempre fixa e absorvida Nele e que Ele possa iluminar, purificar e inspirar meu intelecto."

O Mantra está todo relacionado ao aspecto iluminador e todo abrangente de Brahman.Em verdade, o mantra nos mostra a natureza essencial de toda a existência.

Gayatri é uma das formas da Shakti de Brahma, de Vishnu e Shiva.Ela representa a base, o substrato de toda a existência. Ela é a "expansão" do OM ou a energia que o movimenta.

Num estudo mais aprofundado o mantra se revela como sendo a representação do Sol Espiritual ou a Luz da Consciência.Sem essa Luz, o próprio Brahma (criador na trindade hindu) perderia seu sentido de ser. Sem essa Luz não haveria o que ser sustentado ou preservado.
Ela seria a ponte ou a ligação inquebrantável de Brahman com tudo. Seria a Presença invisível e subjacente a tudo




MANASA BHAJORE


Manasa Bhajore Guru Charanam
Dustara Bhava Sagara Taranam
Guru Maharaj Guru Jay Jay
Jagha Natha Guru Jay Jay 2x
Om Namah Shivaya Om Namah Shivaya Om
Namah Shivaya Shivaya Namah Om
Arunachala Shiva Arunachala Shiva
Arunachala Shiva Aruna Shiva Om
Om Namah Guru Ma
Guru Ma Namah Om


Com A Mente Reverencie Os Sagrados Pés Do Guru, Que Nos Ajudam A Atravessar O Oceano De Vida E Morte. Glória Ao Mestre Supremo, Glória Ao Mestre Perfeito, O Senhor Paolus. Eu Me Entrego Ao Senhor Shiva Do Monte Arunachala, Eu Me Entrego Ao Senhor Paolus Que É A Própria Forma Do Om.




MANTRA MAHA MRITYUNJAYA - PARA SHIVA - MOKSHA MANTRA

OM TRYAMBAKAM YAJAMAHE
SUGANDHIM PUSHTI VARDHANAM
URVA RUKAMIVA BANDHANAT
MRITYOR MUKSHIYA MAMRITAT

PRONÚNCIA:
OOMM TRIAMBACAM IÃDIAMARREE
SUGAND-RRIM PUSHH-TI VARDANAM
URVÁÁ RUCAMIVA BANDANÁÁ
MRI-TYOR MUK-CHÍA MAA-MRITÁÁ

"O Grande Mantra da Vitória Sobre a Morte."
Maha = Grande Mrityun = Morte Jaya = Vitória

Dizem que este mantra é rejuvenescedor, outorga saúde, riquezas, uma vida longa, paz, prosperidade e contentamento. Como é uma oração endereçada ao Senhor SHIVA, ao entoarmos este mantra, vibrações Divinas são geradas para repelir todas as forças negativas do mal, criando um escudo protetor poderoso.

Este é um mantra para pedir a cura de doenças, e para proteger contra acidentes e desgraças de todas as espécies.

Maha Mrityunjaya também é conhecido como "Mantra Moksha" (o mantra da libertação da reencarnação) do Senhor Shiva. Este é um mantra protetor contra acidentes, infortúnios e calamidades diárias, um mantra para sermos libertados dos sofrimentos físicos, mentais e emocionais, dos medos da morte e de acidentes.

O grande número encontrado de diferentes interpretações deste mantra, deixa claro que nenhuma delas faz justiça a todos os níveis e significados que ele nos traz. A múltipla natureza das palavras em sânscrito, faz com que isto seja possível.

DEVOÇÃO AO FOGO - A FÉ COMO PARTE INTEGRANTE DO DIA - À - DIA


Significado do Árati
Considerado o ápice dos rituais religiosos, o Árati é uma cerimônia predominantemente hindu, apesar de fazer parte de outras tradições religiosas. Consiste em oferecer a Deus círculos de luz feitos com uma lamparina de um, cinco ou mais pavios acesos. Também denominado Mangala–Árati, é uma maneira de servir a Deus com elementos do Universo criado por Ele. As horas sagradas para a realização do Árati são a madrugada e o crepúsculo. No Árati vespertino, Deus, em suas diversas formas, é venerado com luz e às vezes com água, um lenço, uma flor e um abanador, chamado châmara. Lamparinas de cânfora também podem ser usadas.

O Universo segundo o Hinduísmo
De acordo com o hinduísmo o Universo é constituído de cinco elementos. No princípio era Um, que deu origem a cinco elementos sutis: som, aroma, tato, forma e sabor, que se tornaram espaço, terra, ar, fogo e água. Toda a criação — sutil e densa — resulta desses cinco elementos, cuja representação oferecemos a Deus ao oscilarmos a lamparina. É como se a Ele disséssemos: — A Ti ofertamos, com toda humildade, o que de Ti recebemos. Proteja-nos, nós Te pedimos. — Deus não tem forma, mas para benefício do devoto Ele assume várias formas. Deus em seus dois aspectos — com forma e sem forma — pode ser adorado com esses cinco elementos

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